O nosso amor não morre

Absorvo o sangue do teu espírito
As nossas mãos estão frias
Como se eu nos tivesse tirado a vida
Mas o amor nunca morre
Só se esconde aqui no centro de mim
Batalho como alguém que pensa
Conhecer a alma das coisas
E como alguém que luta
Para recordar esse conhecimento
Mas falta sempre o que não recordo
Ganha-se a batalha e no chão
Soldados nossos mortos
Em morte paulatina
Perco cem mil homens num só
Exponho-me à carnificina por causa de ti
És o meu homem abstracto
Um ser inclinado que sorri
Do céu em queda livre.